A operação ocorreu em seis Estados, entre eles Santa Catarina
A Polícia Civil de Santa Catarina cumpriu na manhã desta terça-feira (15) um mandado de prisão e um mandado de busca e apreensão no bairro Vila Nova, em Blumenau, na Operação “Anteros” deflagrada pela Polícia Civil de São Paulo. O homem preso em SC é natural da Nigéria e com ele foram apreendidos aparelhos eletrônicos encaminhados para a Delegacia de Polícia responsável pelas investigações, a DEIC de Presidente Prudente (SP).
A prisão em SC foi efetuada pela Divisão de Investigação Criminal da Polícia Civil em Blumenau.
Conhecidos por “romance scammers” os investigados são especializados em fraudes (golpes) na internet utilizando perfis maliciosos (fakes) onde, depois de cooptadas as vítimas, iniciavam as extorsões e com os valores recebidos, em lavagem de capitais em, ao menos, 24 Estados da Federação.
A operação ocorreu em seis Estados, entre eles Santa Catarina. Os crimes eram cometidos através de redes sociais ou por aplicativos de namoros virtuais, onde os criminosos enviavam solicitação de amizade a potenciais vítimas, em especial funcionários públicos, idosos, independente do sexo. Porém, todas elas detentoras de faixa salarial que demonstrava poder aquisitivo superior.
Durante as investigações foram identificadas 437 vítimas que registraram ocorrência dessa mesma natureza criminal e que tiveram prejuízo superior aos R$ 24 milhões. Em todos os Estados da Federação, contando as subnotificações, os números superam duas mil vítimas que tiveram um prejuízo estimado, nos últimos três anos, de 250 milhões movimentados por essa organização criminosa.
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O Delegado de Polícia responsável pelas investigações, além de determinar o indiciamento de 210 pessoas, representou pelas medidas cautelares, com parecer favorável do Ministério Público Paulista e deliberação convergente do Judiciário pela decretação de 181 mandados de prisões preventivas, 216 mandados de busca e apreensão e o sequestro de 5 milhões de reais (entre bens móveis e imóveis), além do bloqueio e também sequestro bancário de 329 contas (de pessoas físicas e jurídicas) visando afastar a continuidade dos delitos, protegendo as vítimas iminentes, bem como na tentativa de recuperação e devolução dos valores desviados.
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