Uma vacina chinesa pode estar disponível para os brasileiros já no início de dezembro
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou na terça-feira, 15 de Setembro, a AstraZeneca a testar sua possível vacina contra a Covid-19 em mais 5.000 voluntários no Brasil no âmbito dos ensaios clínicos de estágio final realizados no país, informou a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que coordena os estudos no país.
O acréscimo de voluntários, além dos 5 mil já recrutados e que estão sendo vacinados, ajudará a fornecer resultados mais sólidos sobre a segurança e eficácia da vacina, afirmou a Unifesp em nota.
Segundo a universidade, voluntários maiores de 18 anos estão sendo procurados no Rio Grande do Norte e no Rio Grande do Sul. A Anvisa descartou o limite de idade anterior de 69 anos, permitindo que voluntários mais idosos sejam vacinados.
A AstraZeneca, que está desenvolvendo a vacina com a Universidade de Oxford, suspendeu testes globais temporariamente na semana passada em razão do adoecimento sem explicação de um participante dos estudos no Reino Unido.
A vacinação de voluntários foi retomada na segunda-feira no Brasil, onde até agora 4.600 pessoas receberam a primeira das duas doses em São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador.
O Brasil tem o terceiro pior surto de coronavírus do mundo, só atrás de Estados Unidos e Índia, e se tornou um local cobiçado para testes de vacinas contra Covid-19 em desenvolvimento no Reino Unido, na China e na Rússia.
Os testes clínicos de estágio avançado da vacina contra Covid-19 russa Sputnik V serão realizados na Bahia e no Paraná, que tem planos de produzir a vacina para o Brasil e outros países latino-americanos.
Os testes avançados de uma vacina desenvolvida pela chinesa Sinovac Biotech já estão em andamento no Estado de São Paulo. Na semana passada, o governador João Doria disse que ela pode estar disponível para os brasileiros já no início de dezembro.
Cerca de 9 mil voluntários brasileiros estão participando dos testes da vacina da Sinovac, que estão sendo realizados pelo Instituto Butantan de São Paulo e em 11 outras localidades, incluindo Brasília.
Fonte: Reuters | Créditos: Amanda Perobelli
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