Ele teria participado de, pelo menos, três grandes roubos a transportadoras de valores nos últimos anos
Um dos condenados pelo assalto milionário ao Aeroporto Quero-Quero, em março de 2019, em Blumenau, foi preso em São Paulo na quinta-feira, 20 de agosto. Tiago Cristiano Juste, 35 anos, já cumpria a pena pelo crime cometido em Santa Catarina, mas era procurado por suspeita de ter participado do assalto a uma transportadora de valores no Paraguai.
De acordo com a reportagem da jornalista Susan Hypolito, do Balanço Geral SP, que acompanhou a prisão, Juste foi preso em Itaquaquecetuba, cidade na Grande São Paulo, depois de permanecer foragido por cerca de dois meses.
Segundo a reportagem, Juste foi condenado a três anos e seis meses de prisão em regime semiaberto por conta da participação no assalto em Blumenau, que terminou com a morte de uma funcionária do aeroporto. Após um ano e três meses de prisão, ele recebeu da Justiça catarinense o direito a uma progressão e passou para o regime aberto. Neste caso, ele poderia trabalhar fora durante o dia, mas deveria dormir em casa todos dias e se apresentar à Justiça uma vez por semana, o que ele deixou de fazer.
Encontrado em São Paulo
O delegado paulista Pedro Ivo Côrrea, responsável pela prisão, informou à reportagem que Juste foi localizado no decorrer das investigações de outro crime e que informou à Justiça sobre o paradeiro do criminoso.
A prisão ocorreu na tarde de quinta-feira, dia 20, e Juste foi surpreendido pelos investigadores quando saía de casa. No local, os policiais encontraram um aparato com várias câmeras de monitoramento, que seriam usadas pelo suspeito para monitorar a movimentação da polícia e poder sair de casa sem ser percebido.
Liberação pela Justiça
De acordo com a reportagem de Susan Hypolito, Juste estava preso desde março de 2019, quando foi capturado dias depois do assalto ao Aeroporto Quero-Quero. Ao receber a progressão de pena em junho deste ano ele foi colocado em liberdade, mas já tinha um mandado de prisão expedido pela Justiça Federal no Paraná desde abril, por conta da suposta participação no assalto à empresa de valores no Paraguai, em 2017.
Tiago Cristiano Juste teria participado de, pelo menos, três grandes roubos a transportadoras de valores nos últimos anos. Em 2017, em Ciudad Del Este, no Paraguai, a cerca de quatro quilômetros da fronteira com o Brasil, quando a quadrilha usou explosivos para abrir o cofre da empresa e roubou cerca de R$ 50 milhões. Em 2018, quando um carro forte foi atacado em Suzano, em São Paulo. E em 2019, no assalto ao aeroporto em Blumenau, de onde foram levados cerca de R$ 10 milhões e pelo qual ele já tem condenação.
Após a prisão, Tiago foi conduzido pára um presídio na capital paulista.
Fonte: ND Mais
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