A empresa opera na ligação entre o município de Itajaí e Balneário Camboriú
A Viação Praiana, que faz o transporte intermunicipal de passageiros na região de Itajaí e Balneário Camboriú, demitiu cerca de 130 funcionários nesta quinta-feira, 13 de agosto. Desde o início da pandemia, quando a empresa teve as atividades paralisadas, já são 180 demissões. O número corresponde a quase 90% do total de trabalhadores.
Rafael Werner Seara, gerente administrativo da Praiana, diz duas situações impactaram na decisão. A primeira delas é o fim da Medida Provisória 936, que permitiu a suspensão de contratos e a redução temporária de salários. O governo federal prorrogou por 30 dias a medida, que inicialmente seria válida até o mês de julho. Mas não deve estendê-la. A empresa tinha funcionários nas duas modalidades de redução.
A outra razão é a falta de perspectiva de retorno das atividades. A Foz do Itajaí-Açu mantém o transporte coletivo suspenso desde março – as prefeituras não autorizaram a retomada no período liberado pelo Estado, e a situação se mantém inalterada desde então.
Este é o motivo destacado em nota pública emitida pela empresa nessa quinta-feira, em que fala sobre as demissões em massa. No texto, a viação informa ter usado “todos os recursos possíveis que estavam ao nosso alcance, como as medidas disponibilizadas pelo Governo Federal, além de empréstimos bancários e injeção de capital próprio, para mantermos todos os custos e despesas desse período sem operação, mas todos eles foram esgotados”.
Seara diz que, apesar das demissões, a empresa não descarta retomar as atividades quando autorizada. Ele acredita que a Praiana dependerá de subsídio ou outra contrapartida financeira.
– Outras regiões não tiveram paralisação do transporte, e nem por isso tiveram números piores do que os da Foz. É inócuo proibir somente o transporte coletivo – afirmou.
Por enquanto, não há previsão de retomada do transporte coletivo na região. A Foz do Itajaí-Açu está em nível gravíssimo de risco para o novo coronavírus há um mês e meio, segundo a classificação do Governo do Estado.
Fonte: NSC
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