Sabe-se que um novo lockdown castigaria ainda mais a economia, mas não está descartado se a situação continuar a piorar
Entidades empresariais de Blumenau estão mais atentas do que nunca ao avanço da Covid-19 na cidade. Cientes do quadro preocupante nas UTIs – a ocupação de leitos chegou a 66,7% nesta sexta-feira, 10 de Julho, e do crescimento exponencial do número de doentes, elas colocam a saúde em primeiro lugar, mas sabem que um novo lockdown, que castigaria ainda mais a economia, não está descartado se a situação continuar a piorar.
No cenário de momento, essa possibilidade, apesar de cogitada, é menos provável. Mas tem provocado discussões sobre alternativas para tentar frear a curva de contaminação.
Na quinta (9) o prefeito Mario Hildebrandt se reuniu com essas entidades. Em pauta, a possibilidade de escalonamento nos horários de trabalho de funcionários de empresas e lojas que não podem ficar em home office, por exemplo, para diminuir a concentração de pessoas em determinadas regiões, sobretudo no Centro, em horários de pico.
A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) já avalia o tema, segundo o presidente Helio Roncaglio. A testagem de trabalhadores também foi discutida, mas ainda não há nenhuma campanha ou algo do tipo nos planos de curto prazo das entidades.
Outro ponto debatido foi o reforço das ações de prevenção, cuidados e regras de higienização em empresas. Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau (Sintex), José Altino Comper, o maior risco de contaminação não está dentro das fábricas, onde o protocolo de segurança é mais rígido. O grande desafio, segundo ele, é fazer com que os funcionários levem essas mesmas regras para dentro de casa ou outros locais que frequentam.
Na mesma linha, o presidente da Associação Empresarial de Blumenau (Acib), Avelino Lombardi, fez um apelo em um vídeo enviado aos associados. Pediu que as empresas reforcem com os colaboradores para que os protocolos de segurança não fiquem restritos ao ambiente de trabalho, que evitem aglomerações e que só saiam de casa se necessário A própria entidade lançou campanha institucional reforçando esses pontos.
Todas essas questões serão novamente debatidas com a prefeitura em uma reunião programada para a próxima terça-feira, 14 de Julho. A depender da evolução do quadro da pandemia na cidade, novas definições podem sair desse encontro.
Fonte: NSC
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