No fim de semana, governo do país vizinho encontrou a localização dos gafanhotos e começou a aplicação de inseticidas
Técnicos da Argentina começaram nesse fim de semana o controle da nuvem de gafanhotos que está passando pelo país e que se aproxima do Brasil e do Uruguai.
De acordo com o último boletim do Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agro-Alimentar (Senasa), a nuvem está localizada a 55 km na cidade de Curuzú Cuatiá, dentro da província de Corriente, e a pouco mais de 100 km do território brasileiro e do uruguaio.
No sábado, 27 de junho, equipes avaliaram os resultados da pulverização de inseticidas realizadas na tarde do dia anterior. Segundo a Confederação Rural da Argentina (CRA), que atua em conjunto com o Senasa, essa medida reduziu em 15% a quantidade de insetos.
#Alerta #Langosta #gafanhotos #LocustsSwarm ⚠️🦗
Informe sobre el estado de situación de la plaga – 27/6.
Por la mañana, equipos del #Senasa evaluaron los resultados del tratamiento aéreo realizado por @CorrientesGob en el día de ayer constatando la disminución de la población. pic.twitter.com/4OPebqInB8— Senasa Argentina (@SenasaAR) June 28, 2020
Já no domingo, dia 28, foram realizadas aplicações em terra de defensivos agrícolas contra a nuvem, o que deve diminuir ainda mais a concentração dos insetos.
#AHORA #Langosta #gafanhotos #LocustsSwarm ⚠️🦗Seguimos con las acciones conjuntas, en este caso en el establecimiento el Chañar, 55 km al oeste de Curuzú Cuatiá, para controlar la manga. Trabajo en equipo de #Senasa @CRAprensa @CorrientesGob pic.twitter.com/VbpwNqc3RO
— Senasa Argentina (@SenasaAR) June 28, 2020
No início desta semana, técnicos argentinos monitorando o deslocamento da nuvem de gafanhotos e o tamanho da população após as medidas de controle.
Brasil monitora
Segundo o Grupo Técnico de Gafanhotos do Comitê de Sanidade Vegetal (Cosave), uma reunião para analisar a situação foi realizada no fim da última semana com participação de Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai.
O Ministério da Agricultura brasileiro afirmou que o monitoramento feito pelo governo indica que “até o momento, estão mantidas as previsões sobre a rota da nuvem de gafanhotos, que não entrou em território brasileiro”.
“De acordo com os dados meteorológicos para a Região Sul do Brasil, previstos para os próximos dias, é pouco provável – até o presente momento – que a nuvem avance em território nacional. Caso isso ocorra, será feito um monitoramento interno para o acompanhamento da evolução do evento.”
Praga pouco conhecida
Segundo um relatório do Ministério da Agricultura da Argentina, a espécie de gafanhoto que avança na América do Sul, chamada Schistocerca cancellata, causou danos severos à produção do país nos anos 1960 e é considerada uma “praga pouco conhecida”.
Novos ataques do inseto voltaram a ser relatados no país vizinho somente em 2015 e se repetiram em 2017 e 2019. Os argentinos afirmam que o inseto não traz nenhum risco aos humanos nem é vetor de doenças.
No Brasil, de acordo o Ministério da Agricultura, esses gafanhotos estão no país desde o século 19 e causaram grandes perdas às lavouras de arroz na região Sul nas décadas de 1930 e 1940. Mas as nuvens não se formam desde então.
Fonte: G1
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