Aulas presenciais na rede pública ou privada, estão suspensas pelo menos até 2 de agosto
Três creches irregulares foram interditadas em Balneário Camboriú, no Litoral Norte catarinense, na noite de quinta-feira, 18 de junho. Em um dos locais havia 12 crianças. Em Santa Catarina as aulas presenciais do ensino infantil, fundamental, médio, técnico e superior, na rede pública ou privada, estão suspensas pelo menos até 2 de agosto por causa da pandemia do novo coronavírus.
Além de estarem funcionando durante o período de suspensão das aulas, desrespeitando decreto estadual, os três locais não possuíam alvará de funcionamento.
Fiscais da prefeitura e a Polícia Militar fizeram o flagrante em três casas adaptadas que estavam funcionando como creches nos bairros Centro, Ariribá e Bairro das Nações após denúncias. Nos três locais havia crianças, sendo que em uma delas tinham 12 de diferentes idades.
Os estabelecimentos foram fechados pela fiscalização e os proprietários, notificados. Segundo Matheus Rafaelli, diretor de fiscalização da prefeitura, os responsáveis podem ser responsabilizados criminalmente se reabrirem os locais.
“Elas foram embargadas e notificadas para se regularizarem. É uma injustiça com outras creches que estão cumprindo todas as medidas de segurança e tem todas as autorizações”, disse. Os locais foram interditados após as 18h para que os pais das crianças fossem buscá-las.
Mesmo com a liberação do transporte coletivo em Santa Catarina em com o retorno de diferentes setores de trabalho, a recomendação é que as pessoas procurem ficar em casa e o mesmo vale para as crianças.
As aulas presenciais estão suspensas desde 19 de março. Se o governo mantiver os prazos, a partir de agosto cada região pode decidir pela retomada das aulas, seguindo o plano de regionalização de prevenção ao coronavírus.
Em entrevista ao G1 em maio, numa reportagem onde especialistas avaliavam as condições para o retorno do transporte coletivo, o pesquisador Sérgio Freitas, professor de Saúde Pública da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e membro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), havia alertado para os problemas que poderiam ocorrer com o retorno de setores produtivos e do transporte antes das aulas, pois muitos pais precisam trabalhar e não têm com quem deixar as crianças.
“A consequência social será uma quantidade enorme de crianças e adolescentes sozinhos em casa”, disse Sérgio Freitas.
Fonte: G1 SC
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