Conversa de 2012 entre ele, na época com 38 anos, e uma fã do grupo, de 16 anos, vazaram no Twitter
O baterista Japinha foi afastado do CPM 22, depois de ter uma conversa com uma menor de idade vazada. Prints de uma conversa de 2012 entre ele, na época com 38 anos, e uma fã do grupo, de 16 anos, vazaram em um perfil do Twitter, o Exposed Emo, na noite de ontem.
“Após os últimos acontecimentos, decidimos pelo afastamento do nosso baterista, Ricardo Japinha, reafirmando nossa posição de não compactuar com atitudes desrespeitosas com quem quer que seja. A banda continua”, comunicou o CPM, no Twitter.
— CPM 22 (@CPM22) June 10, 2020
Ontem o grupo havia postado no Twitter que seus membros haviam sido ” surpreendidos com postagens sobre o comportamento de um integrante da nossa banda” e que “não compactuamos com atitudes desrespeitosas” – mas ainda não haviam citado Japinha nominalmente.
Também ontem, antes da revelação deste caso – e sem citar nada relativo a ele – o baixista Fernando Sanchez anunciou que estava deixando a banda: “Venho aqui por meio deste comunicar que estou me desligando da banda CPM 22”.
Japinha reconhece conversa
O baterista reconheceu a veracidade da conversa em entrevista ao UOL e se manifestou sobre ela, dizendo que não vê maldade no que ocorreu.
Relato sobre o Japinha em que ele tenta mentir a idade pra uma menina de 16 anos e +#ExposedEmo pic.twitter.com/ueILOBxQSV
— #ExposedEmo (@ExposedEmo1) June 4, 2020
Na interação entre os dois, Japinha fala que gostaria de conhecer a garota, perguntando sua idade e até falando sobre virgindade. Em entrevista ao UOL, o músico confirmou que a conversa realmente aconteceu, mas não vê maldade em seu conteúdo.
“Nunca cheguei a conhecer essa pessoa. Nem lembro dela, para ser sincero, mas a menina deveria ser bonita. A conversa não teve uma conotação maldosa. Nunca faltei com respeito com ninguém. Teve um clima de descontração, de combinarmos de nos encontrar. Fluiu de forma agradável”.
Atitude comum
O baterista conta que é comum que menores de idade e até mulheres casadas se aproximem dele e de outros membros da banda, mas esse tipo de contato é sempre evitado.
“Já cheguei a pedir RG para fãs, muitas enganavam a idade. Você tem que ter esse discernimento porque corre o risco de se prejudicar. Por mais que haja consentimento, não é visto com bons olhos”, admite Japinha. “Mas o Marcelo Camelo começou a namorar a Mallu (Magalhães) quando ela tinha 15 anos. O Caetano é casado com uma mulher que era menor de idade quando se conheceram. Com consentimento, não há crime.”
Fã não procurou Japinha
A menina que trocou mensagens com Japinha não o procurou depois do vazamento dos prints, mas o baterista diz que espera que ela entre em contato. “Adoraria que essa menina voltasse a falar comigo. Se eu tivesse conversado cinco minutos com ela, nada disso teria acontecido. Infelizmente, ela preferiu divulgar prints”.
“Não sei se foi para chamar atenção ou para ser maldosa. Eu nem brigaria com ela, só falaria a real: não precisava ter feito isso, não te assediei moralmente, você riu e disse que ia me procurar depois. Se tivesse rolado uma tentativa de sexo ou estupro, ela teria me processado lá atrás, não falado agora”, comentou ele.
Possível briga jurídica
Advogados já foram acionados para lidar com o caso. Japinha diz que não queria entrar em uma batalha judicial, mas se as acusações continuarem, pretende processar as pessoas que o difamaram.
“Isso gera uma onda violenta de ataques. Começou a ficar um negócio muito chato. Me acusaram de crimes que não cometi. As provas são claras. Quem é do bem, como eu, não gosta de ter que ficar se expondo e indo à justiça. A única forma é processar essas pessoas por calúnia e difamação. Não quero dinheiro. Quero acabar com esse diz que me diz. Tenho pais, tenho filha, pago minhas contas. Sei que a verdade vai se estabelecer”.
Japinha espera que, com a ajuda dos advogados, consiga controlar a situação.
“Não queria, mas tive que procurar um advogado. Tenho que me proteger legalmente. Se essa história não parar, preciso tomar essa atitude. É legal poder falar a verdade, especialmente para a imprensa. Se a justiça tiver que ser acionada para as pessoas pararem de falar, será feito.”
Fonte UOL | Por Daniel Palomares e Maurício Dehò
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