Área total atingida pelas chamas chega a 197,5 mil hectares, segundo laudo pericial
A Polícia Civil concluiu o inquérito e indiciou quatro pessoas por dois incêndios ocorridos em janeiro na região do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, em Palhoça, na Grande Florianópolis. Conforme laudos do Instituto Geral de Perícias (IGP), a área total atingida chega a 197,5 mil hectares e o valor estimado para recuperá-la seria de R$ 2,2 milhões.
As informações foram divulgadas na quinta-feira, 23 de abril, pela Polícia Civil. Os quatro indiciados vão responder com base nos artigos 40 1 41 da Lei de Crimes Ambientais, por causar dano à unidade de conservação e provocar incêndio. As penas variam de um a cinco anos de reclusão para o primeiro crime, e de dois a quatro anos para o segundo.
Finalizado, o inquérito agora vai para a Justiça. Não foi divulgado se os indiciados chegaram a ser presos.
Investigação em duas partes
Uma das etapas da investigação apurou o primeiro foco de incêndio, em uma clínica de reabilitação, no bairro Morretes, por volta das 9h do dia 15 de janeiro. As chamas estavam fora dos limites do parque, mas dentro da área de proteção ambiental (APA) Costeira, indo para a Zona de Proteção Especial.
A polícia concluiu que um interno da clínica colocou fogo em folhas para fazer limpeza do local e o incêndio acabou se alastrando e atingindo e destruindo 68,5 mil hectares de área.
A outra parte da apuração investigou um incêndio, também por volta das 9h, no Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, bairro Maciambú, em outro terreno perto da rodovia BR-101. O fogo foi em uma área próxima a duas residências.
Os policiais apuraram que três pessoas foram as responsáveis: o dono de um terreno e dois funcionários dele. Eles teriam colocado fogo na área para limpar o local, a fim de ampliar o espaço e depois colocar animais ali. O dano causado foi de 128,9 mil hectares de vegetação.
A Polícia Civil reforça que a queimada de lixo, entulhos, folhas e afins é proibida em meio à vegetação, em especial nas imediações do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro por causa do risco à vegetação e em função dos impactos ambientais.
Fonte: G1 SC | Foto: Divulgação
Sugestão de pauta