Número é mais do que o dobro que se contabilizou no mesmo período no ano passado
Santa Catarina teve um salto no número de pessoas contaminadas com dengue, segundo o último boletim divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive-SC). São mais de 1,3 mil casos registrados entre 29 de dezembro do ano passado a 11 de abril deste ano. É mais do que o dobro do número que se contabilizou no mesmo período no ano passado, quando 564 pessoas tinham contraído a doença no estado.
De acordo com os números divulgados pela Dive-SC, 1.110 pacientes contraíram dengue dentro do estado até o dia 11 de abril. Outros 229 foram contaminados fora de território catarinense. Em 15 dias, o Estado somou 607 novos diagnósticos de casos autóctones (contraído no estado).
Entre os municípios com número mais alto de casos, Joinville, no Norte de SC, aparece na frente em relação aos autóctones. São 608 casos de contaminação local, o que representa 54,8% do total do estado. No Oeste, São Carlos e Coronel Freitas estão em situação de epidemia da doença, medida pela relação entre o número de casos confirmados e o de habitantes.
Gerente de zoonoses da Secretaria de Estado da Saúde (SES), João Fuck, diz que o cenário é preocupante e que tem sido monitorado diariamente pelas equipes de controle da doença em Santa Catarina. No entanto, relembra que a melhora desse quadro depende, especialmente, da população catarinense:
- Mais uma vez, é importante reforçar que todos precisam fazer a sua parte para controlar a proliferação do mosquito. É preciso eliminar locais que possam acumular água e que sirvam de criadouro para o Aedes aegypti.
O que é dengue?
É uma doença infecciosa febril causada por um arbovírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Ela é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado.
Sintomas
De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive-SC), a febre alta é o primeiro indicador de dengue e aparece associada a demais sintomas. Confira abaixo.
- – Febre alta – 39° a 40°C. A febre aparece abruptamente e tem duração de 2 a 7 dias.
- – Dor de cabeça.
- – Fraqueza.
- – Dores: no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos.
- – Manchas pelo corpo estão presentes em 50% dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas.
- – Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes.
Orientações
A Dive-SC apresenta uma série de recomendações para evitar a proliferação do mosquito transmissor da doença.
- – evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda;
- – guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
- – mantenha lixeiras tampadas;
- – deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
- – plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
- – trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
- – mantenha ralos fechados e desentupidos;
- – lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
- – retire a água acumulada em lajes;
- – dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em banheiros pouco usados;
- – mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
- – evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;
- – denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;
- – caso apresente sintomas, procure uma unidade de saúde para o atendimento.
Fonte: NSC | Por Clarissa Battistella | Foto: Salmo Duarte/AN
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