Ele vai responder por apologia ao nazismo, cuja pena é de reclusão de um a três anos.
O homem de 55 anos detido e depois liberado por ter pendurado uma camiseta com uma suástica na janela do apartamento onde vive em São José, na Grande Florianópolis, foi indiciado por apologia ao nazismo. O inquérito do caso foi finalizado na quinta-feira, 23 de janeiro. O suspeito vai responder pelo crime em liberdade.
O caso ocorreu na noite de domingo, 19 de janeiro no Bairro Forquilhinhas. Uma pessoa que passava na frente do apartamento viu a camiseta com o símbolo nazista e chamou a Polícia Militar. O homem foi preso em flagrante e encaminhado para Central de Plantão Policial (CPP).
Em depoimento, ele se declarou nazista e se disse um “lobo solitário”, informou o delegado Deonir Trindade, responsável pelo inquérito. O homem falou ainda à polícia que teve prejuízo em São Paulo por causa de um sócio que era judeu e que por isso começou a simpatizar pelo nazismo, e que odeia policiais.
No dia seguinte à prisão, o suspeito passou por audiência de custódia e foi solto por ter emprego e residência fixos e por não se tratar de um crime violento. Porém, a Justiça determinou medidas cautelares, como a proibição de deixar a comarca por mais de oito dias, comparecer aos atos do processo e não voltar a praticar crimes.
Apreensões e indiciamento
A polícia apreendeu na casa do suspeito duas camisetas com suásticas, uma câmera fotográfica, uma câmera portátil, um pendrive, um notebook, livros sobre nazismo e uma agenda. O material eletrônico foi encaminhado para perícia técnica, enquanto os demais para o Fórum, assim como o inquérito.
O homem foi indiciado por veicular símbolos ou materiais que utilizem a cruz suástica para fins de divulgação do nazismo. A pena para esse crime, previsto no parágrafo 1º do artigo 20 da Lei 7.716/89, é de reclusão de um a três anos e multa.
Outros crimes
O indiciado responde a uma ação na Justiça Federal por desacato a policiais rodoviários federais e é investigado em outro inquérito da Polícia Civil em Santa Catarina por ameaça, desacato e por perturbação de serviços de utilidades públicas – ele teria ligado em delegacias e ofendido policiais.
Fonte: G1 Sc
Foto: Polícia Civil
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