As propostas apresentadas podem mudar a configuração dos bairros, que ainda resistem à verticalização.
A região das praias agrestes de Balneário Camboriú, que fazem parte da Área de Proteção Ambiental (APA) Costa Brava, estão em fase de definição dos parâmetros construtivos. E as propostas apresentadas podem mudar a configuração dos bairros, que ainda resistem à verticalização.
A maior alteração, que ainda será votada pelo Conselho Gestor, é a permissão para prédios de até cinco andares em parte das praias do Estaleiro e do Estaleirinho. Maria Heloísa Lenzi, secretária de Meio Ambiente e presidente do conselho, diz que a proposta é para centralizar em ruas dentro do bairro comércio e serviços, que hoje se concentram na Avenida Interpraias.
Segundo ela, a autorização para os prédios das praias agrestes dependeria de Transferência de Potencial Construtivo, com pagamento de taxas à prefeitura, e de adequação a parâmetros de sustentabilidade.
Praia Brava perdeu limites
Mas a proposta causa polêmica, já que Balneário Camboriú é uma cidade verticalizada. Além disso, os parâmetros são semelhantes aos da Praia Brava, em Itajaí – que, com o tempo, foram deixados de lado em troca de mecanismos como o solo criado, que torna mais elásticas as limitações das construtoras na região.
Os novos parâmetros, segundo a secretária, são resultado de um compilado de três propostas diferentes de ocupação – uma delas, apresentada por empresa contratada, outra por uma associação local, e outra em um plebiscito entre os moradores.
Os limites de Estaleiro e Estaleirinho ainda não entraram em discussão. Esta semana, a proposta que permitia construir prédios de três andares na Praia de Taquaras e na Praia do Pinho foi recusada pelos conselheiros.
Fonte | Foto: NSC | Celso Peixoto
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