Santa Catarina alcançou o topo num momento em que a náutica ainda sente os efeitos da crise econômica.
A cada 10 lanchas e iates produzidos no Brasil, quatro saem de Santa Catarina. A estatística é da Associação Brasileira de Construtores de Barcos e Implementos (Acobar), que reúne a maioria dos grandes estaleiros no país. Mão de obra especializada, facilidade logística e incentivos fiscais fizeram do Estado, nos últimos anos, o número um na construção de embarcações de passeio no país. Ultrapassou São Paulo, que já foi o estado líder no setor.
Santa Catarina alcançou o topo num momento em que a náutica ainda sente os efeitos da crise econômica. Desde 2013, o mercado encolheu 50% e alguns dos estaleiros internacionais que haviam investido no país deixaram o Brasil – Caso da Brunswick, que fechou a fábrica de Joinville em 2017. Em todo o país, um terço dos estaleiros encerraram as atividades.
O Estado aproveitou o recuo nacional para atrair novas empresas, e pode se beneficiar do reaquecimento do mercado. Eduardo Colluna, presidente da Acobar, acredita que o pior momento já passou. A tendência, agora, é de crescimento lento e gradual.
Mais barcos
A indústria nacional recuou, e a venda de barcos em Santa Catarina não ficou imune à crise. O índice de crescimento, que chegou a 20% ao ano entre 2010 e 2013, caiu pela metade. Ainda assim, a cada ano o número de embarcações no Estado aumenta 10% – nada mal para o setor de turismo e lazer, um dos primeiros a ser afetado quando a economia patina. Já são mais de 52 mil embarcações de lazer em águas catarinenses, segundo levantamento da Associação Náutica Acatmar.
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A tendência é de popularização da náutica em Santa Catarina. Há um esforço do setor para “deselitizar” as embarcações de lazer, com financiamentos, parcelamento e compra de cotas, que permitem usar o barco um determinado período de tempo no ano. A feira de embarcações usadas que ocorre neste fim de semana e no próximo na Marina Itajaí – a primeira na modalidade – vem nessa tendência. Na exposição há barcos de 21 a 70 pés, que custam de R$ 100 mil a R$ 9 milhões.
Fonte: NSC
Foto: Ghrua Sonorização e Eventos
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