A desembargadora afirma na decisão que os itens listados pela defesa não são suficientes para justificar a soltura.
A desembargadora Hildemar Meneguzzi de Carvalho negou, na sexta-feira 15 de novembro, pedido de habeas corpus apresentado pela defesa de Marcelo Ulyssea, 45 anos, preso por ter agredido um médico na última quarta-feira, dia 13, no Hospital Marieta, em Itajaí. Na quinta-feira, a prisão de Marcelo foi convertida em preventiva pela 1ª Vara Criminal de Itajaí.
Os advogados de Marcelo alegaram que ele possui bons antecedentes, como emprego fixo e a participação em trabalhos voluntários, e que a prisão não é necessária porque ele não oferece risco à ordem pública.
A desembargadora, no entanto, afirma na decisão que os itens listados pela defesa não são suficientes para justificar a soltura. E ressalta que Marcelo já teve uma condenação na Justiça pelo mesmo tipo de crime, de lesão corporal – o que, para ela “evidencia comportamento explosivo e violento”.
Marcelo estava com a mulher, grávida de 40 semanas e em trabalho de parto, quando agrediu o médico Jean Griebeler, 31 anos. Ele deixou o hospital Marieta e seguiu com ela para o Hospital Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú, onde foi preso.
O advogado de Marcelo, Gessivaldo Oliveira Maia, emitiu nota na quinta-feira à noite em que nega a hipótese de “ciúme”, que foi divulgada pela Polícia Civil, e diz que o desentendimento ocorreu porque houve negligência do hospital e desrespeito ao direito da mulher grávida de ter um acompanhante.
Na decisão em primeira instância, que converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva, o entendimento da Justiça foi de que a reação de Marcelo foi “excessivamente desproporcional, ainda que praticada em um momento delicado da vida do casal”.
Fonte: NSC | Por Dagmara Spautz | Foto: Marcos Porto/Arquivo NSC
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