Neste ano, a Dibea autuou 780 pessoas por maus-tratos contra animais.
Fiscais da Diretoria de Bem Estar Animal (Dibea) de Florianópolis estão usando um drone para ajudar na investigação de denúncia de maus-tratos. Com o equipamento, eles conseguem fazer flagrantes. Neste ano, a Dibea autuou 780 pessoas por maus-tratos contra animais.
Até pouco tempo, era difícil fazer um flagrante. Com o drone, os fiscais ganharam um aliado no combate a esse tipo de crime. Nos voos, é possível confirmar casos de maus-tratos e as imagens servem de prova nos processos contra os agressores.
Em uma das filmagens, é possível ver um cachorro em meio a entulhos, nos fundos de uma casa. Em outra parte da cidade, o drone flagrou mais três cães amarrados.
“O animal precisa se locomover, ele precisa ter um espaço pra brincar, pra correr, ele precisa interagir com o ser humano, ele precisa de um lugar salubre, ele precisa ter um lugar limpo pra dormir, pra se abrigar do sol, se abrigar da chuva, do frio. Então são vários atos que podem configurar maus-tratos”, explicou a diretora do Dibea, Fabrícia Rosa Costa.
Punição
Para os infratores, além de pagar uma multa, que varia de R$ 500 a R$ 3 mil, o dono precisa melhorar a estrutura para continuar com o animal. Mesmo assim ele não deixa de responder na Justiça. Todo o flagrante feito pelo fiscais é encaminhado à polícia.
Em outro caso, o dono soltou os cães quando foi abordado pelo Dibea. Porém, o drone já havia filmado os cachorros acorrentados. Neste caso, os responsáveis pelos animais eram reincidentes. Além disso, os fiscais constataram que um dos cães tinha um problema mais sério, de infecção urinária grave, e que não foi providenciada cirurgia.
Em situações assim, o animal é retirado na hora para receber tratamento veterinário. Depois de recuperados, eles ganham sessões de fotos. As imagens vão para as redes sociais, como uma galeria para atrair os que pensam em adotar um bichinho.
Uma das vítimas de maus-tratos recuperada é a cadela Anja. Uma denúncia levou os fiscais até a casa onde ela estava acorrentada, com cinco filhotes, sem água e comida. Depois de quatro meses de reabilitação, nem parece a mesma cachorra.
“Um mês depois, já estava assim. Foi só ter tratamento bom pra ela, água comida e carinho. É só dar carinho que eles melhoram”, disse o tratador Mauro Henrique Silva.
Fonte: G1 SC | Foto capa: Reprodução
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