São cumpridos mandados de busca e apreensão em hospital, consultórios médicos, empresas e residências dos investigados.
Uma operação da Polícia Federal, deflagrada na manhã desta terça-feira, 24 de setembro, mira um grupo criminoso suspeito de fraudes na utilização de verbas do Sistema Único de Saúde (SUS) destinadas à compras de próteses cardíacas.
No total, a Operação Arritmia, 46 policiais federais com apoio de cinco servidores da Controladoria Geral da União, cumprem mandados de busca e apreensão em hospital, consultórios médicos, empresas e residências dos investigados, sendo sete em Xanxerê, no Oeste catarinense, e dois em Florianópolis.
Até as 11h, a polícia não tinha informado quantos alvos foram verificados. No entanto, divulgou que foram apreendidos R$ 19 mil na residência de um investigado em Xanxerê.
Na mesma cidade, a NSC TV registrou a movimentação de policiais no Hospital Regional São Paulo (HRSP) e também em um estabelecimento de saúde no Centro da cidade.
A unidade de saúde informou por meio de nota que a PF coletou informações e documentos na instituição. “A direção do HRSP está tranquila e informa que colabora, desde o início da operação, com o trabalho da polícia, com o intuito de que sejam apurados os fatos da denúncia o mais breve possível. Reforçamos à toda a população que os trabalhos de assistência à saúde não serão afetados e seguem regularmente”, disse. Já o outro estabelecimento, o G1 não conseguiu contato com o responsável.
Investigações
Segundo a PF, as investigações apontam indícios de envolvimento de fornecedores de próteses e profissionais da área da saúde.
No esquema, os fornecedores eram escolhidos por médico e diretores do hospital de acordo com os benefícios pessoais. “Consistiam no recebimento de valores em dinheiro, no patrocínio de viagens e/ou formalização de contratos fictícios de prestação de serviços de consultoria, utilizados para dissimular os pagamentos ilícitos”, informou a PF.
Também foi constatado pela polícia, que o médico responsável por escolher as empresas fornecedoras teria recebido irregularmente mais de R$ 4,2 milhões entre os anos de 2014 e 2019. “Há, ainda, indícios de que a fila de cirurgias do SUS estaria sendo fraudada pelos envolvidos”, disse a polícia. O nome do profissional e do hospital não foram divulgados.
Os envolvidos poderão ser indiciados pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Fonte: G1 SC | Foto: Fernanda Moro/ NSC TV
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