Duas pessoas foram presas temporariamente na quinta-feira (8), em Lages, na Serra catarinense, durante a operação “Diploma Fácil”, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco). O objetivo é combater a venda de diplomas e certificados de conclusão de curso superior. Segundo as investigações, há indícios de que os documentos seriam usados em concursos públicos que têm essa exigência no edital.
Também foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, quebra do sigilo bancário e sequestro de valores, todos expedidos pelo Juízo da 3ª Vara Criminal da Comarca de Lages. Foram apreendidos celulares, computadores, contratos, diplomas, trabalhos, provas e comprovantes de pagamentos, que já estão em análise.
Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), 14 pessoas foram ouvidas pelo Gaeco durante a quinta-feira. O delegado Eric Uratani, disse que deve ouvir mais pessoas na tarde desta sexta (9).
“O objetivo é verificar com mais precisão a amplitude dessa atividade irregular, identificar o máximo de pessoas que adquiriram esses certificados de forma fraudulenta e a eventual utilização em concursos”, explicou Uratani.
As investigações começaram em março de 2018 a partir de uma denúncia anônima de que uma mulher estaria vendendo diplomas no município. A polícia não identificou ainda se algum chegou a ser usado.
Ainda conforme o delegado, os diplomas seriam utilizados para qualquer concurso que exija nível superior. “Nesse caso percebeu-se que o principal foco seria para concursos da para ingresso no Departamento de Administração Prisional (Deap) e também para as polícias Civil e Militar”, disse Uratani.
De acordo com as investigações, após realizarem os pagamentos, os alunos recebiam provas já respondidas e trabalhos prontos para que pudesse obter, em tempo mínimo de até três meses, os diplomas.
Além do Gaeco, faz parte da força-tarefa as polícias Militar, Civil e Rodoviária Federal, e Secretaria Estadual da Fazenda.
Fonte: G1 SC | Foto: MPSC
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