A Secretaria de Estado de Infraestrutura decidiu reavaliar o contrato de autorização para o serviço do ferry boat, que faz a travessia entre Itajaí e Navegantes. O motivo é a lista de reclamações sobre o serviço – especialmente as filas, que trancam o trânsito em Navegantes.
O secretário, Carlos Hassler, considera haver “deficiência operacional”. Fará uma visita in loco nos próximos dias, e diz que nenhuma possibilidade está descartada – nem mesmo a de mudar a travessia de lugar. O deputado estadual Onir Mocellin (PSL), que se reuniu com Hassler ontem, vai mais longe: quer regulamentar a ampliação de concorrência no ferry boat.
Administrado pela empresa NGI Sul, que tem permissão para explorar o serviço, o ferry boat já foi alvo de ação do Ministério Público por falta de concessão formal. A empresa conseguiu, na Justiça, manter-se à frente da travessia. Para o Estado, hoje, não há irregularidade na permissão.
No centro da questão que envolve a travessia está uma disputa entre a empresa e a prefeitura de Navegantes sobre a responsabilidade pelo trânsito. Nas últimas semanas, as filas foram potencializadas pelo aumento na movimentação de turistas nas férias, obras na BR-101 e pela baixa de uma das embarcações, que estava em vistoria na Marinha. O resultado é que a espera chegou a mais de uma hora em horários de pico.
Ofícios
A NGI Sul enviou à prefeitura de Navegantes ofícios, há cerca de um mês, sugerindo soluções para reduzir o problema das filas de espera no ferry boat. Uma delas é o aluguel de um terreno público, pela empresa, para onde seriam desviados cerca de 200 veículos que hoje esperam na rua. A outra, a criação de um grupo de emergência para que a NGI seja avisada quando o trânsito na BR-101 afunilar – o que leva os motoristas a optarem pela travessia interna. Desta forma, a empresa teria tempo para se preparar. Nenhum dos documentos foi respondido.
Nota fiscal
Aliás, há mudança em vista no ferry boat: a partir da semana que vem, a empresa passa a emitir nota fiscal eletrônica para todos os usuários que fizerem a travessia. Hoje, quem pede a nota recebe o documento preenchido à mão. A tributação da empresa de navegação é calculada pelo Estado sobre o número de veículos e pedestres que fazem a travessia.
Fonte: NSC | Por Dagmara Spautz | Foto: Luiz Carlos Souza
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