A defesa de Evanio Wylyan Prestini, representada pelo advogado Antonio Nabor Bulhões, entrou com novo pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). O documento foi entregue na segunda-feira, 15 de abril. Entretanto, no dia seguinte, o desembargador Alexandre d’Ivanenko, negou o pedido.
No pedido de habeas corpus, Bulhões diz que a quebra do sigilo telefônico das jovens que estavam no Pálio no momento da batida é fundamental para garantir o direito à ampla defesa de Evanio. O advogado alega ainda que Thaynara Schwartz, motorista do carro, poderia estar ao telefone na hora da colisão.
A defesa diz que “há indícios já presentes nos autos e em reportagens neles referidas de que momentos antes da colisão, quiçá no exato momento, as vítimas faziam uso dos aparelhos telefônicos […] sendo provável que depois dos fatos entraram em contato com terceiros para relatar a dinâmica do acidente”.
Segundo o advogado, a juíza substituta, Bruna Luiza Hoffmann, do Fórum de Gaspar, indeferiu o pedido de quebra de registros telemáticos nos números de telefones, no dia 4 de abril, e apenas negou o requerimento sem dar justificativas.
Bulhões afirma que Evanio estaria sofrendo de constrangimento ilegal, ou seja, não estaria tendo direito a ampla defesa no caso e que, a mídia, o estaria o condenando. O desembargador indeferiu o pedido de habeas corpus na última terça-feira (16) e determinou novas informações sobre o processo à juíza.
Motorista continua preso
Evanio Wylyan Prestini continua detido no Presídio Regional de Blumenau. Ele teve a prisão preventiva decretada no dia 24 de fevereiro. Desde então, a defesa do suspeito tentou por diversas vezes a liberdade provisória. Outro pedido de habeas corpus, inclusive, chegou à Brasília, no Superior Tribunal de Justiça, porém foi cancelado pelos próprios advogados do motorista.
Juíza nega liberação do Jaguar
A juíza substituta, Bruna Luiza Hoffmann, afirmou que, quanto à restituição do Jaguar, a magistrada ainda aguarda o laudo pericial do Instituto Geral de Perícias (IGP), tendo em vista a possibilidade das partes necessitaram dos esclarecimentos da análise.
Na segunda tentativa, técnicos de Florianópolis conseguiram fazer a perícia no veículo importado. O procedimento foi realizado na tarde de segunda-feira (15) em um pátio, em Indaial, para onde o automóvel apreendido pela Polícia Rodoviária Federal foi levado após a batida.
A análise durou cerca de duas horas e 15 minutos. Com a chave em mãos, foi possível ligar o sistema interno e ter acesso às informações do computador de bordo. Não foram revelados detalhes sobre os dados coletados.
O acidente
A batida aconteceu por volta das 6h do dia 23 de fevereiro, na BR-470, em Gaspar. Suelen Hedler da Silveira, 21 anos, morreu no local da batida. Amanda Grabner Zimmermann, de 18 anos, chegou a ser levada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Outras duas garotas ficaram feridas.
Fonte: Portal Alexandre José | Foto: Divulgação
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