Macacos que vivem em um centro de proteção para animais em Indaial, no Vale do Itajaí, tiveram as gaiolas cobertas por telas para evitar contato com o mosquito transmissor da febre amarela. Na quinta-feira, dia 4, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive-SC) confirmou a primeira morte de macaco com a doença no estado.
O primata, da espécie bugio, que morreu com febre amarela foi encontrado por um morador em Garuva, no Norte. A Dive-SC reforça que os macacos não são transmissores da doença.
Preocupação
Em Indaial, macacos recolhidos pela Polícia Militar Ambiental que não têm condições de voltar à natureza vivem no centro de proteção, o Projeto Bugio. Com a morte em Garuva, os profissionais do projeto redobraram a atenção.
“A nossa preocupação é que da região Norte do estado de Santa Catarina o vírus se desloque para a região do Vale de Itajaí. Aqui como a gente sabe que os nossos animais nunca foram expostos ao vírus, eles são totalmente suscetíveis. Então a gente tem observado, feito a vigilância da morte dos macacos. Caso o macaco morra, a gente notifica então os órgãos de saúde pública”, explicou o veterinário Júlio César de Souza.
Agora 1,5 mil metros de telas que servem como um mosquiteiro foram colocados nas 27 gaiolas onde vivem os 49 animais.
Indicador
A fundadora e pesquisadora do projeto, Zelinda Maria Braga Hirano, explicou que os bugios morrem de cinco a sete dias depois de serem picados por um mosquito infectado com febre amarela.
O primata está ameaçado de extinção desde 2014 devido à disseminação da febre amarela país afora. O bugio não apresenta risco aos humanos, mas serve como indicador da presença do vírus.
“Eles são os nossos anjos da guarda. No momento em que o bugio morre, é sinal de que a febre está por aí. Então é um sinalizador. Ele está nos sinalizando a febre amarela”, explicou Hirano.
Fonte: G1 | Foto: Reprodução/NSC TV
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