Nos últimos três meses a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC) confirmou 121 casos de dengue em Santa Catarina.
Só na última semana houve aumento de 20 diagnósticos do tipo autóctones — quando a transmissão ocorre dentro do Estado — e outros cinco casos importados. No mesmo período do ano passado, apenas oito casos haviam sido confirmados.
Ao todo, entre o dia 30 de dezembro e 30 de março, 79 catarinenses contraíram a doença dentro do Estado e outros 24 moradores foram picados pelo mosquito transmissor fora de SC. Há ainda quatro casos indeterminados e outros 14 que seguem em investigação.
Além dos casos confirmados, a Dive/SC ainda registrou 33 casos inconclusivos. Das 1,4 mil notificações, 766 foram descartadas e outras 549 permanecem suspeitas.
De acordo com a Dive, na comparação com o mesmo período de 2018, quando foram notificados 672 casos, houve aumento de 119% no total de notificações.
Estado possui 10,8 mil focos do mosquito
A Dive ainda aponta que nos últimos três meses, foram identificados 10.899 focos do mosquito Aedes aegypti em 165 municípios catarinense. Comparado ao mesmo período de 2018, quando foram identificados 6.954 focos em 133 municípios, houve um aumento de 56,7%.
Calcula-se ainda que 82 municípios estejam infestados — alta de 22,4% em relação ao mesmo período de 2018, quando 67 municípios estavam nessa condição. Em comparação ao último boletim, houve a inclusão de Araranguá e Guatambu como infestados.
Casos autóctones confirmados em 10 cidades
Conforme o último relatório da Dive/SC, divulgado na quinta-feira, os casos autóctones — transmissão dentro do Estado — foram observados em 10 cidades.
A maior concentração foi observada em Itapema e Cunha Porã, cada uma com 17 casos. Em seguida aparecem Florianópolis (8), Camboriú (8), Porto Belo (7), Balneário Camboriú (3), Itajaí (3), Joinville (2), Bombinhas (1) e São Miguel do Oeste (1). Há ainda outros 12 casos com local de possível infecção indeterminado.
Já nos casos importados, a doença foi confirmada em moradores de Blumenau, Brusque, Canoinhas, Faxinal dos Guedes, Florianópolis, Itajaí, Joinville, Palmitos, Santo Amaro da Imperatriz, São Miguel do Oeste, Seara e Xanxerê. Segundo a Dive, os possíveis locais de infecção são São Paulo, Pará, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Acre, Goiás, Minas Gerais, Bahia
Febre de chikungunya
Entre 30 de dezembro de 2018 a 30 de março de 2019, foram notificados 153 casos de febre de chikungunya em Santa Catarina. Desses, um caso foi confirmado pelo critério laboratorial, 47 foram descartados e 105 permanecem como suspeitos.
O único caso importado confirmado até o momento é de um morador de Florianópolis, com local de provável infecção no Pará.
Em comparação com o mesmo período de 2018, foram notificados 143 casos de febre de chikungunya e confirmados três autóctones e seis importados.
Zika vírus
Também entre o fim de dezembro e março a Dive/SC notificou 45 casos de zika vírus em Santa Catarina, sendo que 23 foram descartados, dois tiveram resultado inconclusivos e 20 permanecem como suspeitos.
Na comparação com o mesmo período de 2018, quando foram notificados 36 casos, observa-se um aumento de 25% na notificação de casos.
Fonte: nsc/Por Larissa Neumann | Foto: Salmo Duarte
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