Cerca de 30 voluntários se mobilizaram na tarde de sábado, 16 de março, para dar uma contribuição ao meio ambiente, em Blumenau. Eles deixaram suas casas, e munidos de botas e luvas foram retirar o lixo às margens do ribeirão próximo ao Supermercado Angeloni, no Centro da cidade. Enquanto uns enchiam os sacos com materiais descartados de forma incorreta por algumas pessoas, outros montavam uma ecobarreira.
A estrutura é simples e promete ser bastante eficaz. São potes grandes que seriam jogados fora. Eles foram lacrados, enrolados com uma rede e agora têm a missão de represar o lixo para que possa ser recolhido e não continue poluindo a água. A proposta não é manter a barreira no local de forma permanente, explica João Muniz, da ONG Amigos da Natureza.
– O objetivo aqui é conscientizar as pessoas, mostrar o quanto de material estão jogando nos nossos rios – afirma.
Segundo ele, a ideia é deixar a estrutura no local por 30 dias, mas pode ser prorrogado por mais um mês. Ao menos três vezes por semana os voluntários irão recolher o lixo detido pela barreira. Um trabalho semelhante foi desenvolvido no início do ano passado, no bairro Garcia. Na região Sul, a estrutura era com galões de água e foi desativa depois de três meses.
A estrutura atual é de um material mais resistente, e não deve se deteriorar facilmente com o sol. Outra mudança é relativa à fixação da barreira. Desta vez um lado ficará preso à base da ponte. A outra, amarrada em uma árvore. A alteração é para que a barreira se solte quando algum galho, por exemplo, passar pelo ribeirão, e que ela não seja levada pela água.
Dentro de cada balde que compõe a estrutura também foi colocado areia. De acordo com Muniz, isso vai dar mais estabilidade a estrutura, que é flutuante e visa barrar materiais como garrafas de refrigerante e sacolas plástica. Neste sábado a prefeitura fez a coleta do lixo recolhido pelos voluntários no entorno da barreira. O presidente do órgão, Eder Boron, acompanhou o trabalho e afirmou que se a iniciativa apresentar resultados positivos poderá ser replicada em outras regiões.
Para isso, é possível usar o dinheiro do Fundo Municipal do Meio Ambiente, que tem atualmente cerca de R$ 2 milhões. O dinheiro vem de multas aplicadas por desrespeito às leis ambientais, bem como por meio de compensações determinadas pela Faema para obras que impactam no meio ambiente.
– Nós vamos acompanhar e ver qual o alcance, como é a manutenção. Mas se for eficiente podemos fazer sim com o dinheiro do fundo – garante Boron.
Fonte: nsc | Foto: ONG Amigos da Natureza
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