Representar o país e ao mesmo tempo desenvolver aptidões e conhecimento. De 22 a 27 de agosto deste ano, os estudantes de Blumenau Gabriel Panca Ribeiro, Eduardo Mateus Hermann e Gabriele Raiser vão para Kazan, na Rússia, participar da WorldSkills. Uma competição que reúne os melhores alunos dos países das Américas, Europa, Ásia, África e Pacífico Sul. Eles disputam medalhas em modalidades correspondentes a profissões técnicas da indústria e do setor de serviço.
Para alcançar uma vaga na delegação brasileira, os três jovens alunos do Senai passaram por diversas seletivas. Os competidores enfrentaram desafios na escola, no Estado e garantiram o passaporte para a competição internacional após uma seletiva nacional.
Gabriel na modalidade de TI Soluções de Software, Gabriele em Vitrinismo, e Eduardo em Administração de Redes. Eles estão entre os cinco catarinenses que completam o time de 57 alunos brasileiros na concurso internacional organizada a cada dois anos.
A gerente executiva do Sesi/Senai do Vale do Itajaí, Dalila de Carvalho, destaca que a instituição em Blumenau vem contribuindo com alunos nas últimas edições da WorldSkills e todos voltam com uma grande experiência e reconhecimento.
– A competição tem um nível de qualidade muito alto, em um padrão internacional. Não somente a qualificação profissional, mas a experiência, que possibilita uma oportunidade de crescimento dentro de cada modalidade, com as melhores práticas e tecnologia. Um aprendizado para o aluno e a nossa equipe que acompanha todo o processo – diz Dalila.
Gabriele Raiser, 19 anos, será o nome do Brasil na ocupação Vitrinismo. A jovem, que pela primeira vez disputa uma competição profissional, fez o curso de desenhista de produto de moda, e foi convidada por uma professora para participar da olimpíada do conhecimento. Ela conta que primeiro passou por uma seletiva interna e foi selecionada, depois disso começou a treinar para a etapa estadual, uma rotina que exigiu muita dedicação.
– Depois da estadual comecei a treinar sete horas por dia para a seletiva nacional que ocorreu no Estado de Roraima. Depois da seletiva, que ganhei ouro, houve uma nova prova em Brasília, que fui vencedora. Depois disso, iniciei uma rotina de treinamento para a competição na Rússia – relata a estudante.
Ela diz acreditar que disputar a WorldSkills traz um peso enorme para o currículo, uma oportunidade que descreve como incrível e que pode abrir portas.
– Nunca trabalhei na área, mas pretendo investir em ser consultor ou até mesmo abrir uma empresa de visual merchandising depois da competição – planeja Gabriel Panca Ribeiro, 19 anos, também é novato na disputa.
Ele fazia o curso técnico articulado com o Ensino Médio do Senai de Informática. Durante as aulas foi convidado pelo professor para conhecer o concurso, desde então começou a rotina de treinos, que resultou na vaga em Kazan.
– A principal dificuldade desde o início foi a mudança de rotina. Os treinos e as viagens para Brasília, sem falar na diversidade de treinadores ensinando coisas novas. Espero que com a minha dedicação até agosto esteja preparado para obter um grande desempenho na prova, que será acirrada, com competidores de outros países – afirma Ribeiro.
HABILIDADES INDIVIDUAIS E COLETIVAS SÃO AVALIADAS
Os alunos vão precisar demonstrar habilidades individuais e coletivas para responder aos desafios das ocupações dentro de padrões internacionais de qualidade. Eduardo Mateus Hermann, 22 anos, conhece o nível dos concorrentes. Ele disputou as seletivas estaduais em 2017 e ficou em quarto lugar. Nesta edição, conquistou vaga na olimpíada internacional na modalidade Administração de Redes e espera um nível ainda maior de competitividade.
– Particularmente em TI temos contato com diversas técnicas e ferramentas, o que abre brecha para provas mais surpreendentes e com o nível cada vez mais alto. Os meus concorrentes, agora internacionais, com certeza darão trabalho para serem ultrapassados, mas estou trabalhando forte para conseguir superar todos os obstáculos – diz o jovem, otimista com o resultado.
Os competidores da unidade do Senai de Blumenau seguem em treinamento até uma semana antes de embarcar para Rússia.
Fonte: nsc/Por Adriano Lins | Foto: Jean Laurindo
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