O dia de sol intenso e temperaturas altas fez com que muita gente reclamasse do calor na terça-feira, 29 de janeiro, em Blumenau, e com razão. O pico de calor foi registrado às 17h15min, quando os termômetros marcaram 40,1 ºC, na estação do Alertablu, no parque Ramiro Ruediger, com a sensação térmica em 47,2 ºC, às 17h30.
Trabalhadores que fazem do sol seu companheiro diário, continuaram na labuta mesmo sendo quase insuportável. A reportagem do Santa foi até na rua General Osório, no bairro Velha, em um trecho que está recebendo uma nova camada de asfalto, por volta das 15h. Lá os trabalhadores tiveram que espalhar 21 toneladas de asfalto, com o material sendo descarregado em uma temperatura de quase 120 ºC.
– Pisar em cima desse asfalto é como pisar no fogo, com esse calor todo, em alguns casos, o sapatão chega até a derreter. Pra aguentar, tem que ter muita vontade de trabalhar mesmo. Nós fizemos pausas de uns dez minutos para tomar água e se refrescar na sombra, senão não tem quem aguente – relata o operário Joslei Camargo do Nascimento.
A nossa equipe de reportagem usou uma câmera térmica para registrar e ilustrar os locais que estavam mais quentes no trecho em que era colocado o novo asfalto.
A professora em engenharia viária, Angelica Gris Crestani, explica que a temperatura em um local onde o asfalto é manuseado pode ficar bem elevada, ainda mais em um dia como o de hoje.
– O material em si já é alta, dependendo do asfalto, a temperatura da matéria pode chegar sozinha à 150 ºC, isso é necessário para que ocorra a fixação do asfalto. O calor de hoje pode ter contribuído bastante para que se registrasse essa marca bem elevada – explica.
Em outro ponto da cidade, outros dois trabalhadores da construção civil tentavam se esquivar da forte onda de calor que assolava o canteiro de obras, cobrindo a cabeça com um pano e fazendo pausas na sombra de um ponto de ônibus, próximo da obra.
– Nem com um pano na cabeça, com muita água gelada o calor passa. Tá difícil de trabalhar com esse sol na cabeça. A gente é obrigado a para uns dez minutinhos na sombra, senão o calor cozinha as nossas ideias – fala sorrindo o construtor, Rafael Fidelis.
Fonte: nsc | Foto: Patrick Rodrigues
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