O vereador Bruno Cunha (PSB), único eleito pelo partido do prefeito Mário Hildebrandt para a Câmara, anunciou nesta quarta-feira, 22 de jeneiro, que desembarcou do governo. O parlamentar aponta que teve muitos desentendimentos com o Executivo e sabia que seu posicionamento contrário a algumas medidas poderia acarretar no afastamento entre as partes.
Segundo o parlamentar, a relação entre ambos já não vinha bem, mas chegou ao ápice na votação do projeto que retirou o FGTS dos professores ACTs. Cunha, que é professor universitário, diz não concordar com a proposta e muito menos com a forma como o tema foi conduzido, em regime de urgência e, de acordo com ele, “sem diálogo”.
A gota d’água a partir daí foi a eleição para a mesa da Câmara. O vereador diz não concordar com aquilo que afirma ter sido uma interferência do Executivo e alega que o governo não o queria na presidência da Casa. Cunha defende que desde o início de sua trajetória no Legislativo afirmou que votaria conforme o que considerasse correto.
– Sabia que essas minhas posições teriam retaliações, que teria a retirada das pessoas ligadas a mim na prefeitura e me posicionei mesmo assim. Lamento pela cidade porque nossa contribuição era de pessoas qualificadas – disse Cunha.
– Eu lamento que há a permanência de uma política que não analisa a realização técnica, aquilo que foi produzido, mas que é baseado tão e tão somente no voto do vereador, numa troca do vereador em relação à Câmara e essa troca eu não permito fazer – critica o vereador.
Cunha, entretanto, ressalta que não será oposição. É enfático ao pontuar que se é bom para cidade, terá seu apoio. Caso contrário, não.
Procurado pela reportagem, o prefeito Mário Hildebrandt disse que não irá se manifestar a respeito da posição do correligionário.
Fonte: nsc/Por Talita Catie | Foto: Lucas Correia
Sugestão de pauta