Uma empresa do Nordeste do ramo de confecção está negociando a compra do galpão que servia de sede da Dudalina na BR-470, em Blumenau. Os interessados mantêm conversas com a Schneider Investimentos Imobiliários, uma das três imobiliárias que representam a proprietária do imóvel, a Restoque, grupo varejista que em 2014 comprou a tradicional camisaria nascida em Luiz Alves.
As tratativas estão avançadas, segundo uma fonte envolvida, mas uma proposta formal ainda não foi colocada sobre a mesa – há algumas documentações pendentes. Um executivo da companhia ainda deve vir à cidade fazer uma vistoria no local antes de eventualmente fechar o negócio.
Por uma questão de sigilo, o nome da empresa não foi divulgado, para não atrapalhar as negociações. Mas, pelo que a coluna apurou, trata-se de uma companhia em expansão, que não concorre diretamente com a Restoque e que vem procurando imóvel há um bom tempo por essas bandas, de olho na qualidade da mão de obra da região – órfã com a desmobilização de outras indústrias têxteis, que migraram plantas para outras regiões ou até mesmo deixaram de existir.
A localização do galpão, às margens de uma rodovia em obras de duplicação e próxima do complexo portuário, é vista como um atrativo. Também pesa a favor o fato de o espaço ter sido projetado e estar praticamente pronto para receber uma operação têxtil, diminuindo custos com eventuais adaptações.
Inicialmente o imóvel estava avaliado em R$ 28,5 milhões, mas o preço já subiu para R$ 30 milhões. Erguido na década de 1980, tem espaços para uma operação fabril e salas administrativas, além de refeitório, auditório, ambulatório, cozinha e estacionamento com mais de 120 vagas. São 9 mil metros quadrados de área construída em um terreno de 53 mil metros quadrados.
O local já foi sondado por investidores de Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul. Esse grupo nordestino, no entanto, foi o que demonstrou o maior interesse até agora.
Esvaziado
À venda há cerca de um ano, o galpão foi esvaziado por decisão da Restoque, que transferiu as operações fabris da Dudalina – que também foi extinta como empresa, restando apenas a marca – para Aparecida de Goiânia (GO). Desde 2017, as fábricas de Benedito Novo, Presidente Getúlio e Luiz Alves também foram fechadas.
As outras
A antiga fábrica da Dudalina em Benedito Novo, desativada em 2017, também está à venda, por R$ 6 milhões – lá o galpão é bem menor, de 3,8 mil metros quadrados. A unidade de Presidente Getúlio, fechada na mesma época, foi vendida no ano passado para uma família da cidade. Já a de Luiz Alves teve parte da área alugada pela Lunelli, que em julho do ano passado montou lá uma linha de costura de camisas da marca Hangar 33.
Fonte: nsc/Por Pedro Machado | Foto: Divulgação
Sugestão de pauta